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No terceiro e último dia da 26ª Conferência da Unale, projetos desenvolvidos pelos diferentes setores da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) foram apresentados em painel nesta sexta-feira (10/11). A atividade tem o objetivo de compartilhar experiências exitosas visando ao aprimoramento do Poder Legislativo Estadual no Brasil. As boas práticas do Parlamento cearense foram abordadas em eixos: Legislativo, representado pela Diretoria Legislativa (DL); Cidadania e Participação Social, encabeçado pelo Conselho de Altos Estudos e Assuntos Estratégicos; Educação, pela Escola Superior do Parlamento Cearense (Unipace); Responsabilidade Social, pelo Comitê de Responsabilidade Social (CRS). Segundo o diretor da Diretoria Legislativa, Fabrício Machado, as ações desenvolvidas buscam promover o parlamento aberto e uma aproximação com a população. Entre elas estão o Simplifica Legis, o Boletim e a Revista da DL, o Projeto Consultorias Municipais (PCM) e Governança Interativa, que é um projeto de governança dentro do setor público que foi premiado na Associação Brasileira das Escolas Legislativas (Abel) em primeiro lugar."É uma imensa satisfação vir aqui e poder trazer um pouco da experiência da nossa Assembleia, no qual a gente percebe o protagonismo dela, a partir da preocupação com o Planejamento Estratégico de 2030 e com a transparência. Foi a primeira assembleia a deliberar de forma remota em todo o País, no período da pandemia, e é a única com a Certificação de Qualidade ISO 9001:2015 numa atividade finalística", afirmou. Conselho de Altos Estudos e Assuntos EstratégicosPara a secretária executiva do Conselho de Altos Estudos e Assuntos Estratégicos, Luiza Martins, a participação social é fundamental, e as instituições públicas têm esse dever de promover a aproximação com os cidadãos, a partir de projetos e atividades. Entre as iniciativas apresentadas estão o Pacto Pelo Saneamento Básico, o Move Ceará e o Vem pra Alece. Luíza Martins, secretária executiva do Conselho de Altos Estudos e Assuntos Estratégicos - Foto: Junior Pio"O conselho veio trazer as boas práticas de cidadania e participação social, como, por exemplo, a Assembleia Itinerante, que busca uma maior aproximação da Alece com todo o Ceará. Também o Move Ceará, que é uma metodologia que a gente já vem utilizando há mais de 16 anos e trata e aprofunda as políticas públicas de uma forma que possa ajudar os nossos deputados a legislar melhor, a fiscalizar melhor as políticas", explicou. Comitê de Responsabilidade SocialRepresentando o CRS e a primeira-dama da Alece, Cristiane Leitão, a orientadora da Célula de Fomento à Cidadania e ao Empreendedorismo de Impacto Social, Luana Brasileiro, apresentou a estrutura e forma de trabalho do comitê, assim como outros órgãos da Alece direcionados ao acolhimento do cidadão, como o Centro Inclusivo para Atendimento e Desenvolvimento Infantil (Ciadi) e o Centro de Mediação e Gestão de Conflitos. Luana Brasileiro, orientadora da Célula de Fomento à Cidadania e ao Empreendedorismo de Impacto Social - Foto: Junior PioDe acordo com Luana, o CRS trabalha alinhado aos Objetivos Globais para o Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU) e já alcançou aproximadamente 30 mil pessoas. "A intenção foi trazer ao público as nossas ações exitosas compostas e realizadas por esses três órgãos (CRS, Ciadi e Centro de Mediação), dentro da Casa Legislativa do Ceará”, pontuou. A ideia, segundo ela, foi realizar a troca de experiências para justamente trazer à luz, para a sociedade e para esses legisladores de todo o País, as nossas práticas. “Tanto para aprender com outros exemplos de diversas casas legislativas, que também atuam de forma muito relevante, como para expor e de repente até inspirar outras a atuarem como nós estamos fazendo", acrescentou. UnipaceNo que se refere ao eixo Educação, a diretora acadêmica da Unipace, Lídia Lourinho, abordou os projetos de qualificação dos servidores da Alece, entre cursos de idiomas, MBAs e mestrados. Ela também falou sobre a participação da escola legislativa na construção do parlamento aberto, citando a experiência do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Parlamento Aberto e Democracia (Neppad).Lídia Lourinho, diretora acadêmica da Unipace - Foto: Junior Pio"Nós estamos muito felizes, apresentando um caminho fantástico, ofertando a educação legislativa de qualidade, com ações inovadoras e que impactam diretamente na sociedade. Quando a gente fala de Parlamento aberto e democracia, a Escola Superior do Parlamento Cearense é a porta que mais se abre para o Parlamento ser aberto. E a gente trabalha na perspectiva da democracia, nós temos sucesso na capacitação de servidores, nos nossos idiomas, na nossa pós-graduação, nos nossos cursos de extensão que estão chegando aos 184 municípios do Estado", disse.  Texto: Agência de Notícias, com Núcleo de Comunicação Interna da AleceEdição: Salomão de Castro

A 26ª Conferência dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale), realizada no Centro de Eventos do Ceará, viabilizou, nesta sexta-feira (10/11), a troca de experiências sobre Comunicação Interna entre as Assembleias Legislativas do Ceará (Alece) e do Mato Grosso (ALMT). O encontro contou ainda com a participação de servidores de outros setores, que expuseram experiências das casas legislativas.Na reunião, a Alece, por meio do Núcleo de Comunicação Interna, vinculado à Coordenadoria de Comunicação Social da Casa, promoveu inicialmente uma apresentação das atividades do setor e dos projetos em andamento. A apresentação foi feita pelo orientador do Núcleo de Comunicação Interna da Alece, Salomão de Castro. O evento foi organizado em parceria com a ALMT, representada pela assessora de imprensa Maria Tezolin, responsável pela comunicação interna na Assembleia matogrossense. O objetivo é aumentar a troca de experiências das casas legislativas em relação ao trabalho de comunicação interna.Salomão de Castro apresentou a trajetória do setor, destacando que o trabalho já acontece há cinco anos, a partir de 2018.Ele destacou que a equipe tem procurado atuar de forma a incentivar os servidores a estar bem informados sobre o que ocorre no parlamento cearense. “Nosso cuidado é captar as informações buscando a perspectiva dos servidores da Casa. O objetivo é informar bem o público interno da Alece, assim como prestar um serviço cultural e educativo para os que acessam nossa plataforma”, destacou o orientador.ProjetosSalomão explica que a principal ferramenta da comunicação interna da Alece é o Portal do Servidor https://portaldoservidor.al.ce.gov.br/ direcionado aos servidores da Alece, em que são postadas notícias produzidas pelo Núcleo de Comunicação Interna e também onde os servidores têm acesso às suas informações profissionais. “Em 2022 tivemos uma reestruturação do portal, com ampliação de ferramentas, tudo com feito em conjunto com a Agência de Notícias da Casa, que também integra a Coordenadoria de Comunicação Social”, afirmou.O orientador faz questão de frisar que o Núcleo atua noutras frentes. Ele cita ações como o “Quiz da Copa”, promoção realizada durante a Semana do Servidor de 2022, e o Projeto “Política Cor de Rosa”, que destaca a participação das mulheres na política, tendo viabilizado rodas de conversa entre as deputadas estaduais e servidores da Alece, desde o ano passado.Gestores e servidores da Alece e ALMT durante a apresentação - Foto: Divulgação/ALMTPara Salomão de Castro, o principal objetivo agora é dar continuidade ao crescimento do setor. “Estamos aumentando a interatividade com os demais veículos da comunicação da Casa e capacitando freqüentemente a equipe”, disse. O orientador concluiu falando que isso fará com que novos projetos possam ser desenvolvidos, tudo em benefício dos servidores e servidoras. Outra ação apontada foi o canal do YouTube que reúne vídeos institucionais produzidos pelo setor https://www.youtube.com/@ComunicacaoInternaAlece?app=desktop.A apresentação contou com a participação de Júlio Sonsol, Paulo Veras, Julyana Brasileiro e Virgínia Bastos, que integram o Portal do Servidor da Alece, bem como de servidores de outros setores das Alece e da ALMT.Campanha pela doação de medula óssea mobilizou servidores da ALMTEm sua apresentação, Maria Tezolin informou que na Assembleia do Mato Grosso ainda não existe um setor específico de comunicação interna. “Atuamos fazendo a gestão da comunicação interna da ALMT e temos o apoio de todos os setores da comunicação” pontuou. Ela explicou que na Casa Legislativa é usado um site acessado exclusivamente pelos servidores do Poder Legislativo.Para o encontro, Tezolin trouxe em destaque o trabalho conjunto desenvolvido com a publicidade da assembleia de seu estado. Ela citou a campanha “Ajude a Salvar Vidas Vitória”, criada pela equipe de publicidade da ALMT para sensibilizar os servidores a se cadastrarem como doadores de medula óssea.Maria Tezolin durante a apresentação da ALMT - Foto: Paulo VerasTezolin explicou que, em parceria com a publicidade da ALMT, foi criada a personagem Vitória, que era uma servidora que precisava de uma doação de medula óssea. “Na verdade, Vitória era uma servidora fictícia, mas a ideia alavancou o interesse pelo tema entre os servidores e conseguimos 129 pessoas cadastradas como doadoras”, disse.A analista legislativa da ALMT, radialista Aluá Deliberai, responsável pela Publicidade no Poder Legislativo matogrossense, destacou a importância da troca de experiências para o crescimento mútuo. “Todos os setores da comunicação na ALMT têm dado suporte ao trabalho feito pela Maria Tezolin à frente da comunicação interna e o conhecimento adquirido aqui ajudará ainda mais”, ressaltou.Segundo Adriane Caroline, superintendente de gestão de pessoas da ALMT, é necessário procurar sempre o melhor método para comunicar com os servidores. “A comunicação interna ajuda na criação de um discurso uníssono que faz com que a informação seja passada de forma clara e objetiva, tanto para o público interno como para a sociedade em geral”, refletiu.Experiência do Prosa também foi destacadaDurante a reunião a servidora da Alece, Maria Elisbeth Evangelista, representando a diretora do Departamento de Gestão de Pessoas (DGP), fez uma apresentação do Programa de Reflexão sobre o Manhã (Prosa), que desenvolve um trabalho para preparar o servidor pré-aposentado para o encerramento de suas atividades profissionais. O Prosa é amplamente apoiado pela comunicação interna da Alece.Ao final, Salomão de Castro e Maria Tezolin definiram que um relatório do encontro será enviado às Mesas Diretoras das Assembleias do Ceará e do Mato Grosso. O intuito é mostrar o resultado da troca de experiências e buscar apoio para que o evento passe a integrar a grade de painéis nas próximas edições da Conferência da Unale. Texto: Paulo VerasEdição: Salomão de Castro

A Assembleia Legislativa do Ceará, por meio do Comitê de Estudos de Limites e Divisas Territoriais do Ceará (Celditec)  apresentou, nesta sexta-feira (10/11), durante a 26ª Conferência da União Nacional dos Legisladores  e Legislativos Estaduais (Unale), no Centro de Eventos do Ceará, o Projeto Atlas, que realizou o georrefereciamento de limites municipais do Estado. Também integram o colegiado a Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).Durante a exposição, o presidente do Celditec, deputado Queiroz Filho (PDT), ressaltou que se trata de um projeto pioneiro da Alece. "Somos a primeira Assembleia do País que instituiu um comitê específico para tratar sobre limites e divisas, e temos um trabalho muito importante com a resolução de quase todos os problemas de territórios entre municípios", afirmou. Segundo ele, a conferência possibilitou a difusão das práticas e conhecimentos adquiridos ao longo deste trabalho."É um belo exemplo que o Estado do Ceará está dando para as demais unidades da Federação. Também podemos aproveitar este momento de união entre as Assembleias para cobrar junto ao Congresso Nacional o exercício das nossas competências. Até 1995, cabia aos estados a deliberação sobre criação de novos municípios  e questões territoriais mais complexas. Mas naquele ano, foi aprovada uma emenda constitucional que tirou estas prerrogativas", disse o presidente Celditec.De acordo com Queiroz Filho, qualquer outro legislativo estadual que quiser mais informações sobre o Projeto Atlas para replicar a experiência em sua área territorial, poderá recorrer ao Celditec. "Nós temos uma equipe técnica super qualificada e disponível a todos que nos procurarem", salientou.Importância da atualização legalAlfredo Pessoa, diretor geral do Ipece, participou do evento e destacou a parceria exitosa das instituições para a modernização da legislação dos limites municipais. Cleyber Medeiros, analista de Políticas Públicas, que representou o Ipece durante a exposição realizada na Conferência, acentuou que o Projeto Atlas teve por objetivo atualizar a legislação dos limites municipais para todo o Estado, que também foram georreferenciados. Também foi elaborado o mapa de limites municipais com a identificação de todos os elementos referidos na legislação, "permitindo o reconhecimento do território pelos agentes públicos e pela população, contribuindo para o aperfeiçoamento da gestão territorial", asseverou.Luís Carlos Mourão, coordenador do Celditec (primeiro, da esq. para dir.) - Foto: Paulo RochaO coordenador do Celditec, Luís Carlos Mourão, salientou que o convênio iniciado em 2008 e formalizado entre Alece, IBGE e Ipece, em 2009, permitiu o desenvolvimento do Projeto Atlas, que contribui para a formulação de políticas públicas e para correção de equívocos existentes. "Os ajustes de limites vinham sendo discutidos desde o ano de 2021 e agora em 2023, houve consenso em todos os municípios envolvidos pelos trabalhos. Esses ajustes contemplam a localização dos equipamentos públicos municipais, não havendo perda de receita para nenhum dos municípios, bem como legalizando a questão administrativa, de modo que as prefeituras não incorram em improbidade administrativa, e, mais importante, levando em consideração o sentimento de pertencimento das comunidades", acentuou.O coordenador do Comitê revelou ainda que que foram resolvidos problemas de limites envolvendo comunidades que sofriam há mais de 50 anos com a indefinição de limites, como por exemplo, nos municípios de Morada Nova/Russas; Quixeré/Limoeiro do Norte; e Quixeré/Russas. Ele destaca, ainda, a participação do conjunto de deputados estaduais, que, desde o início das tratativas, em 2021, vinham participando das diversas reuniões que ocorreram no âmbito do projeto.Balanço das atividades do AtlasO superintendente regional do IBGE, Francisco Moreira Lopes, observou que o Projeto Atlas foi vitorioso. "Já conseguimos georreferenciar os limites municipais do Ceará. Por isso, temos uma lei de 2019, que foi atualizada em nos anos de 2021, 2022 e 2023. Queremos demonstrar apresentando dados do último Censo que foi feito com os limites georreferenciados. Hoje, cada prefeito sabe onde começa e onde termina seu município", afirmou.Ainda de acordo com Francisco Moreira Lopes, antes deste trabalho, muitos chefes de executivos municipais não conheciam a integralidade do território sob sua jurisdição. "Havia localidades que não recebiam a atenção da esfera pública por não estar certo do pertencimento à sua administração. Em outros casos, havia o atendimento fora da área territorial do município. Com o Projeto Atlas, as situações ficaram claras e os problemas foram dissipados", completou.    Texto: Júlio Sonsol Edição: Salomão de Castro

O Comitê de Prevenção e Combate à Violência (CPCV), da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alec), apresentou, nesta quinta-feira (09/11),  dados da pesquisa “Meninas no Ceará: Homicídios de mulheres na segunda década de vida sob a marca da injustiça”. A atividade ocorreu dentro da programação da sexta edição da Semana Estadual de Prevenção aos Homicídios de Jovens no Ceará, conhecida como Semana Cada Vida Importa.O estudo, realizado entre janeiro de 2022 e abril de 2023, baseia-se nos dados de assassinatos de meninas e adolescentes entre 10 e 19 anos ocorridos em 2018. "No ano de 2018, nós tivemos um aumento muito significativo do número de adolescentes do sexo feminino que foram mortas vítimas de assassinato", explica o presidente do CPCV, deputado estadual Renato Roseno (Psol).O parlamentar afirma também que no relatório da pesquisa "são colocados dados minuciosos. Nós desenvolvemos um instrumental de pesquisa judicial, não é comum no Brasil fazer pesquisa com documentos judiciais. Nos interessa identificar quais são os gargalos dos processos de responsabilização".Foi feita uma análise detalhada de inquéritos policiais e processos judiciais referentes a 86 homicídios analisados na pesquisa, ocorridos em 2018, com o intuito de verificar quais foram os encaminhamentos dos casos. Em 2023, passados cinco anos, 39 casos, envolvendo 43 óbitos femininos, ainda estavam na fase de inquérito policial; outros 20 casos foram arquivados por falta de provas.O relatório revela também que são identificados suspeitos do crime em 63,75% dos casos, mas em apenas 27,5% há o indiciamento. E o uso de armas de fogo foi constatado em 87,5% dos crimes.  Renato Roseno ressaltou que a impunidade gera ainda mais dores aos parentes das vítimas e explica que "as mães dessas vítimas relatam que, além da dor do luto, há também a dor da irrelevância. Algumas mães dizem que parece que a vida de seus filhos vale menos", pontuou. A promotora de Justiça no Ministério Publico da Bahia e escritora Lívia Sant'Anna Vaz destacou que, "quando nós trazemos uma pesquisa como essa, que tem a sensibilidade de escuta ativa humanizada desses familiares, nós estamos garantindo que essas meninas deixem de ser apenas números, para que tenhamos também a possibilidade de prevenção a esse tipo de violência".Ela defendeu que seja ampliado o olhar no que diz respeito à tipificação dos crimes contra as mulheres em contextos que não são de violência doméstica e familiar. "É importante que tenhamos esse cuidado nas investigações, para que não estejamos desconfigurando o crime de feminicídio e a importância da própria lei", concluiu.Assessora técnica do Comitê de Prevenção e Combate à Violência, Stella Maris trouxe mais detalhes sobre a pesquisa, sua metodologia, resultados encontrados e apresentou algumas recomendações, como fortalecimento do núcleo de inteligência da Polícia Civil, coleta das imagens de câmeras em tempo hábil, controles rígidos de prazos estipulados para o Judiciário, estabelecimento de fluxo entre autoridades policiais e perícia forense para agilizar a entrega dos laudos. Os dados da pesquisa  “Meninas no Ceará: Homicídios de mulheres na segunda década de vida sob a marca da injustiça” estão disponíveis no site do comitê.Também estiveram presentes a defensora pública Lia Felismino; representando a Secretaria de Segurança Pública do Ceará, a delegada Patrícia Lopes Aragão; representando o Fórum Cearense de Mulheres, a professora Eliana Coelho da Silva, e a advogada da Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa do Ceará, Tharrara Rodrigues.SEMANA CADA VIDA IMPORTAA Semana Cada Vida Importa ocorre em Fortaleza e no interior, com o objetivo de destacar a alta taxa de mortalidade entre jovens e adolescentes no estado do Ceará. A programação de 2023 abrange uma série de atividades e segue até 14 de novembro. Confira a programação abaixo.A mobilização que acontece durante a Semana Cada Vida Importa é estabelecida pela Lei Estadual nº 16.482/2017, em memória à Chacina do Curió, ocorrida na madrugada de 11 a 12 de novembro de 2015, quando 11 jovens foram assassinados por agentes da polícia na Grande Messejana, em Fortaleza.Em 11 de novembro, a programação da semana inclui a 11ª Marcha da Periferia, com o tema “O Curió clama por justiça, memória e reparação. Contra o genocídio negro: liberdade para viver e (r)existir!”. O evento terá início às 8h, com partida da Praça dos Leões, no Centro de Fortaleza.Em 14 de novembro, às 10h, na Unichristus, ocorrerá uma mesa-redonda com o tema “Psicologia, Criminologia Crítica e Direitos Humanos: A Chacina do Curió e a Luta por Justiça”. Texto: Juliana MeloEdição: Lusiana Freire

No primeiro dia de programação da 26ª Conferência Nacional da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale), nesta quarta-feira (08/11), os participantes puderam conhecer as iniciativas da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) sobre previdência complementar, a atuação do Programa de Reflexão sobre o Amanhã (Prosa) e as ações de compliance desenvolvidas pela Casa.Durante o encontro da Associação Nacional de Recursos Humanos do Legislativo (ANSREHL), o orientador da Célula de Aposentadoria e Pensão da Alece, Denilson Oliveira Adriano ,  contou sobre a experiência da Alece com a implementação da previdência complementar. "É uma obrigação que surgiu na última reforma da previdência, em 2019, que impôs que todos os estados e municípios e o Governo Federal criem planos de previdência complementar para seus servidores efetivos”, pontuou.O servidor informou que o Estado do Ceará já criou uma entidade para gerir e aplicar essa nova exigência e lembrou que nem todos os entes fizeram suas adequações previdenciárias. Ele ressaltou a importância das Casas se adequarem e oferecerem também para os deputados e deputadas estaduais planos de previdência complementar. "O servidor, quanto está na ativa, tem uma remuneração e, quando o servidor se aposentar a renda vai cair bastante. A previdência complementar vai buscar repor essa renda que ele tinha quando estava na ativa", orienta.Além da preparação financeira, outros aspectos trabalhados pela Alece nessa transição para a aposentadoria foram apresentados pela diretora do Departamento de Gestão de Pessoas (DGP), Elenice Ferreira Lima. Ela deu detalhes sobre o Programa de Reflexão sobre o Amanhã (Prosa). Criado em 2009 com o objetivo de atender os servidores pré-aposentados da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), o programa vem estimulando a reflexão sobre o momento de encerramento das atividades profissionais, levando a um olhar sobre o futuro, com qualidade de vida e bem-estar pessoal.Experiências da Alece voltadas para aposentadoria foram expostas na Conferência - Foto: Máximo MouraElenice ressaltou que cerca de 2.400 servidores já foram atendidos desde o início do Prosa. “A gente tem uma equipe preparada para atender não só os servidores que estão prestes a se aposentar, mas os servidores desde o ingresso na sua carreira. O servidor precisa estar informado e amparado. Essa gestão olha muito para o ser humano, não só para o institucional, mas o pessoal de cada um. Quero agradecer a toda a equipe, ao presidente Evandro Leitão, a diretora geral Sávia Magalhães, e a todo o corpo de funcionários. Nós não fazemos nada sozinhos”, concluiu.Experiências de complianceOutro painel temático, voltado para o Compliance no Poder Legislativo, teve a participação da coordenadora de Desenvolvimento Institucional (Codins) da Alece, Heline Joyce Monteiro. Ela explicou sobre as práticas de governança na Alece, que se baseia no modelo das Três Linhas, definindo papeis e responsabilidades, estratégia e objetivos, atendendo às demandas da população.Heline ressaltou que compliance é muito novo em Casas Legislativas, sendo necessário informar que não se trata somente seguir normas, leis, a ética, mas principalmente, orientar as pessoas sobre a responsabilidade que todos têm. “Vai além de regras. É um processo cultural de conscientização. A gente estimula que os próprios servidores busquem seguir boas práticas e façam essa liderança. E, dessa forma, sem que eles percebam, eles já estão fazendo a integridade da Casa”, acentuou. Ele destacou também que “quando a gente faz parte de uma instituição, todos esses foros íntimos se misturam. Então, a gente tem que criar uma prática padrão para que os servidores adequem suas ações”. Outra experiência, da Assembleia Legislativa de São Paulo, também foi apresentada durante o painel pelo assessor técnico da Secretaria-Geral de Administração Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), Caio Mendes Sobrinho. Ele explicou sobre a iniciativa da Alesp de reforçar a prevenção ao assédio, por meio de disseminação de informações com a criação de uma cartilha. Também participaram dos painéis o diretor de Planejamento e Coordenação da Assembleia de Minas Gerais, Alaor Messias Marques, e o diretor de Recursos Humanos da Assembleia de Minas Gerais, Theophilo Moreira. Presidentes da Alece e da Assalce e secretário da Unale visitam eventos simultâneosNo primeiro dia da 26ª Conferência Nacional da Unale, entidades e instituições ligadas ao Poder Legislativo promoveram encontros que ocorreram de forma simultânea. Durante as atividades, diversos setores da Alece apresentaram experiências exitosas da Casa em variados temas. O presidente da Alece, deputado Evandro Leitão (PDT), o secretário da Unale no Ceará, deputado Sérgio Aguiar (PDT), e o presidente da Associação dos Servidores da Assembleia (Assalce), Luis Edson Sales, visitaram os eventos simultâneos.Luis Edson Sales, Sérgio Aguiar e Evandro Leitão visitaram eventos simultâneos - Foto: Máximo MouraEvandro Leitão ressaltou a troca de experiências entre os parlamentos promovida pela conferência, possibilitando que boas ações sejam replicadas em outros estados. “Estamos fazendo o possível para bem recepcionar cada um que vem participar dessa conferência, na perspectiva de estarmos sempre adquirindo conhecimento, sempre procurando melhorar, porque esta talvez seja a nossa missão maior. Além de fiscalizar e legislar, nossa missão é prestar bons serviços à população”, pontuou o presidente.O presidente destacou ainda os serviços oferecidos pela Alece à população, como a Procuradoria Especial da Mulher (PEM), o Procon Assembleia e o Escritório de Direitos Humanos e Assessoria Jurídica Popular Frei Tito de Alencar. “A Alece tem procurado ao longo dos últimos anos abrir as portas do parlamento e não nos restringindo apenas a fiscalizar e legislar. Temos muitos serviços que oferecemos à população, porque enquanto verdadeiros representantes da população, os parlamentares podem e devem, sim, fazer algo, e ter a sensibilidade de estar trabalhando nesse sentido. Sei que não é papel nosso, e sim do Executivo, mas esse papel de receber as demandas sociais e dar os devidos encaminhamentos é de todos nós”, salientou Evandro Leitão.As atividades da Conferência prosseguem nesta quinta-feira (09/11). Acompanhe a programação disponível no link https://unale2023.com.br/ . Texto: Núcleo de Comunicação Interna, com Agência de Notícias da AleceEdição: Salomão de Castro

A 26ª Conferência Nacional da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale), que começou nesta quarta-feira (08/11), no Centro de Eventos do Ceará, tem a sustentabilidade como uma de suas marcas, fruto de um trabalho de articulação da Unale com a Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), por meio da Célula de Sustentabilidade e Gestão Ambiental do Comitê de Responsabilidade Social da Casa. O evento conta com a gestão dos resíduos sólidos produzidos ao longo dos três dias da programação e terá a neutralização do carbono emitido, que será feito por meio do plantio de mudas com raiz a partir de um metro, no terreno pertencente à Associação Caatinga, localizada na Reserva Natural Serra das Almas. As iniciativas têm o patrocínio do Recicla Solar (Solar Coca-Cola), em parceria com a Verdear Eventos + Sustentáveis, onde serão implementadas ações como a gestão de resíduos sólidos, com inclusão da cooperativa de catadores de materiais recicláveis Raio de Sol atuando em uma central de triagem e armazenamento de resíduos, montada para atender todos os dias de evento. Todos os resíduos serão beneficiados para a cooperativa.Já os resíduos orgânicos serão destinados para compostagem. Recentemente, o evento Vem pra Alece, realizado em outubro pela Assembleia, também contou com a inclusão de uma associação de catadores para a gestão dos resíduos produzidos.A orientadora da Célula de Sustentabilidade e Gestão Ambiental da Alece, Conceição Machado, ressalta o trabalho da Alece com a parceria de outras instituições para garantir o viés sustentável da Conferência da Unale, replicando ações que já são realizadas na Casa Legislativa. “Todo o resíduo que vai ser produzido aqui ele realmente vai ter um destino adequado, que é o principal. Precisamos impedir que esse material vá para o meio ambiente. Por isso esse trabalho conjunto, trazendo para cá o que já fazemos na Alece. Isso é de grande valor”, pontua.De acordo com Conceição Machado, o trabalho dos catadores com os resíduos gerados no evento possui ainda um caráter social. “A gente se preocupa muito com isso, como Comitê de Responsabilidade Social que integramos, que é com essa categoria. Esse trabalho é o ganha-pão deles”, enfatiza. A 26ª Conferência da Unale conta também com coletores criativos, com identificação instrutiva e uma equipe de educadores ambientais para engajar o público no descarte correto.Coletores criativos da 26ª Conferência da Unale. Foto: Máximo MouraO adubo fruto da compostagem de resíduos orgânicos será doado para a agricultura familiar de Maranguape. O óleo de cozinha será transformado em sabão. Haverá também um “upcycle” de lonas e tecidos, que serão transformados em novos produtos, impactando a renda de mulheres empreendedoras no Ceará, e a reciclagem de bitucas de cigarro, que viram papel artesanal e renda para instituições beneficentes.Um ponto alto das ações de sustentabilidade da Unale é o cálculo e a neutralização de toda pegada de carbono gerada pelo evento, através de reflorestamento com plantio de mudas nativas da caatinga em parceria com a Seteg e Associação Caatinga. O evento ainda receberá um relatório de impacto socioambiental positivo para ser compartilhado com todos os participantes. PAINEL SUSTENTABILIDADE E EMPREENDEDORISMONeste primeiro dia da 26ª Conferência da Unale, a Alece participou de diversos encontros voltados para setores e áreas dos parlamentos. Entre eles, foi realizado o painel "Sustentabilidade e Empreendedorismo", que contou com a apresentação da engenheira ambiental da Célula de Sustentabilidade e Gestão Ambiental, Jéssica Vieira, falando das experiências, ações, campanhas e projetos do Parlamento cearense voltados à sustentabilidade. Segundo a engenheira ambiental, esse foi um momento de troca de conhecimentos e uma oportunidade de destacar para servidores de diversos parlamentos do país o que tem dado certo na Alece. Entre as iniciativas apresentadas estão: o gerenciamento e o reaproveitamento de resíduos, a promoção da eficiência energética, o reaproveitamento da água, a educação ambiental de servidores e população - ponto que considera essencial no trabalho realizado.“Fortalecemos muito a questão da educação ambiental, por meio de oficinas, cursos, buscando envolver todos os servidores. Que eles possam estar engajados, para a gente poder conseguir aplicar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e realmente alavancar o desenvolvimento sustentável na Casa”, afirmou Jéssica Vieira. Texto: Gleydson SilvaEdição: Lusiana Freire