Notícia
11/04/2022
Gestores tratam de preparativos para Capacitação em Gestão por Competência
A Coordenadoria de Desenvolvimento Institucional (Codins) da Assembleia Legislativa do Ceará realizou, nesta sexta-feira (08/04), de forma virtual, reunião do projeto de Capacitação em Gestão por Competência, previsto pelo programa Alece 2030. De acordo com a coordenadora do Codins, Heline Joyce, o objetivo foi ouvir os gestores para que seja elaborado o conteúdo da capacitação adequado à realidade do Poder, traçar um diagnóstico preliminar que permita conhecer as nuances da gestão de pessoas da Casa.
A reunião com os dirigentes das áreas da administração da Alece foi coordenada pelo professor e consultor sênior do Instituto de Avaliação, Gestão e Educação (IAGEE), Marcos Lima. O Instituto foi contratado para ministrar a capacitação por ter metodologia exclusiva para órgãos públicos e pela experiência em desenvolvimento de pessoas na administração pública. Irão participar servidores indicados por todos os setores da gestão do Legislativo, a serem indicados por seus superiores hierárquicos, em data ainda a ser definida, com previsão de 40 horas/aula, entre didáticas e práticas, na Escola Superior do Parlamento Cearense (Unipace).
A iniciativa, de acordo com Heline Joyce, foi idealizada durante os workshops de planejamento, observando a importância que se viu de movimentar a direção da Casa, em torno do Alece 2030. "O projeto de gestão tem de ser feito com muita sensibilidade e comunicação para desenvolver boas práticas nas gestão da Alece. Vai desde a capacitação, avaliação até chegar na melhoria do desempenho de todos os servidores, devendo gerar bons resultados", assinalou Heline Joyce, na abertura do encontro virtual.
A coordenadora do Codins previu também que, em um segundo momento, será realizada uma primeira entrevista com alunos da capacitação, indicada pelos gestores. "É necessário que sejam pessoas-chave, que entendam o funcionamento e tenham comprometimento com o órgão em que trabalha, como também uma responsabilidade em dar um feedback sobre seu aprendizado durante o curso", pontuou.
Relação com gestão de recursos humanos
Ao iniciar a sua participação, o professor Marcos Lima explicou que iria fazer três perguntas básicas aos participantes do encontro, cabendo a cada um a iniciativa de se manifestar. A primeira pergunta foi "Como a gestão por competência está relacionada à gestão de recursos humanos e quais os principais desafios da Alece hoje, nesta área?".
O servidor Halley Lucena, da Comunicação Legislativa, considerou que é importante integrar as pessoas e os processos à gestão estratégica. Segundo ele, deverão surgir "gaps" que deverão ser superados para essa integração. O diretor do Departamento de Saúde e Assistência Social (DSAS), Luis Edson Sales, considerou que outra questão a se preocupar reside na grande quantidade de servidores já com idade avançada próximo a aposentadoria. "Me preocupa, particularmente, que até 2024, 80% deles estariam aptos a se aposentar", apontou. O diretor defende que o planejamento precisa do engajamento de todos e deve também se voltar aos 100 novos servidores, que foram aprovados em concurso recente.
Em resposta, o professor observou que quando se faz bem a transição, os veteranos poderão ser importantes para repassar para os que chegam. "Esse momento é de oportunidade, apesar de ser preocupante. O momento é de mapeamento, para que essas pessoas tenham conhecimento da importância da participação delas. Faz parte da boa gestão o planejamento da a saída e a entrada de novas pessoas", explanou.
A diretora do Departamento de Gestão de Pessoas (DGP), Elenice Ferreira Lima, salientou a importância de se engajar no lugar certo as pessoas adequadas, porque assim todos irão trabalhar com mais prazer. "Assim a produção e a qualidade dos serviços sempre aumentam", afirmou. Édipo Henrique Pessoa, da Controladoria, indicou o estabelecimento de metas individuais de desempenho, para a avaliação do pessoal, como forma de contribuir para a melhoria da qualidade do serviço.
Três dimensões da Alece
A controladora do Poder Legislativo, Sílvia Correia, avaliou que a gestão tem um grande desafio, porque, segundo ela, há três Assembleias em uma. "Tem a que atua na sua atividade primária, a de legislar e fiscalizar, vinculada ao mandato com caráter temporário. Há uma gestão estratégica tática operacional que faz tudo acontecer, garante que a Assembleia atue em sua área finalística e há uma gestão de fortalecimento da cidadania, de forte intervenção de políticas públicas de inclusão, com um mundo de serviços, alguns comandados por parlamentares escolhidos pelo plenário", explanou. No entender dela, há o desafio de integrar na horizontalidade, respeitando as especificidades, e os três blocos de atuação da Assembleia, alinhando essa estratégia de cima para baixo.
O diretor legislativo Fabrício Machado observou que há uma diversidade de atuações específicas da Casa. "O componente desafiador é o componente político da Alece. Esse diferencial é importante. Estamos pensando não só para servidores, mas também para colaboradores que são transitórios. Acontece muitas vezes de pessoas serem deslocadas, após ter sido qualificadas para determinado setor", informou.
O diretor administrativo Paulo Neiva considerou que quem faz a diferença da gestão são as pessoas. "A valorização é superimportante. Deve-se implementar sistemática que possa premiar resultados de produtividade, habilidades dos servidores e suas competências. O momento oportuno porque haverá inserção de 100 pessoas, sendo 70 de nível superior e 30 de nível médio", apontou.
A segunda pergunta foi relativa as facilidades e dificuldades para gestão por competência. Fabrício Machado afirmou que a variante política precisa ser considerada, sendo que a facilidade é o apoio da Alta Direção às iniciativas laborais da Casa. "É até mesmo uma segurança para os servidores e colaboradores uma gestão de competências", avisou. Elenice Ferreira avaliou como fator importante a capacitação dos servidores no momento em que a Assembleia está com programa de grande valia (Alece 2030) com apoio da Mesa Diretora. "A Casa é política com diversas categorias e isso pode ser fator de dificuldade, mas o apoio é maior e supera os desafios", previu.
Para Sílvia Correia, há hoje na Alece muito mais facilidades e pequenas dificuldades, inerentes a qualquer processo, principalmente pela especificidade e sensibilidade do Poder Legislativo. "A Casa é política graças a Deus, e nós temos de demover de nós e da nossa cultura organizacional de que esta seria uma dificuldade. Isso é uma oportunidade. Estamos para equilibrar os dois mundos: da política e da gestão. A ação política não tem se afastado da governança e quando as duas caminham juntas é só alegria", defendeu.
A diretora Elenice Ferreira Lima avaliou que a democracia é um caminho sem volta " Acredito que a democracia é para isso, e compete aos gestores como conseguir os patrocínios dos nossos projetos. A cultura da Alece já melhorou muito, com relação a lotação de servidor. Tudo se adequa. Depende de como a pessoa se coloca", pontuou.
O diretor administrativo-financeiro Paulo Santos disse que a reestruturação da própria Alece foi muito bem trabalhada, com outro clima e outra dimensão. Segundo ele, houve o fortalecimento do Comitê de Gestão Estratégica e a Codins fecha "com chave de ouro" esse novo momento.
Integração e expectativas
A terceira questão foi relacionada a como será feita a integração, quais as expectativas sobre a gestão por competências, e quais as bases teóricas que devem ser utilizadas na aprendizagem. Para Elenice Ferreira Lima, é importante a escolha de quem irá participar do desenvolvimento do processo."Como é tudo muito novo, vão surgir outros questionamentos que irão se desenvolver ao correr do curso. Isso vai ser alinhado, dependendo do que será desenvolvido", asseverou.
Halley Lucena considerou que que é sempre inerente ao processo o desenvolvimento dos planos de desenvolvimentos individuais (PDIs). "É preciso ver os gaps e desenhar esse cenário", defendeu. "A pessoa certa no lugar certo é um móvel pesado de bons rodízios que podem ser deslocados para qualquer lado. A pessoa errada no lugar errado é um móvel pesado cheio de cupim que vai comer a casa toda. O importante deste trabalho é quem virá vai ter um norte para implantar, que não é 100% intuitivo", afirmou a controladora Sílvia Correia.
Participaram da reunião 29 dirigentes, integrantes e suplentes do Comitê de Gestão Estratégica (Coge) da Assembleia, além de convidados.
JS
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Autor:
ALECE